Thursday, June 28, 2007

Notícia para perder o sono!

Quem já perdeu o sono quando Plutão virou planeta anão agora vai desmoronar.
E o que é pior: pertencemos a uma galáxia anã chamada Sagitário!
Perderei a noite rezando para que seja mentira.
Logo-logo descobriremos que não somos mamíferos.
 
A notícia vem do espanhol 20minutos que cita o mexicano El Universal. Entonces...

Sunday, June 24, 2007

Temas

Temas, tarefas, deveres de casa, seja lá como cada um chama, são um exercício de paciência para pais com filhos na primeira série.
Berçario, jardim e pré tinham seus temas, mas sem o compromisso que a alfabetização oficial cobra.
Cada dia e todos finais de semana é aquele tempo para estar ali perto, controlando um guri de 6 anos, que se antes escrevia e lia sem maiores cobranças, agora deve dedicar preciosos minutos concentrado.
É lindo acompanhar este crescimento, a escrita flui, a leitura melhora a cada dia, mas haja paciência.
É bonito de ver, mas ter que ficar ali, passa do prazer a tortura, como explicar o conceito de concentração a um piá de 6 anos? Que tem brinquedos, net, computador, jogos, ali a poucos passos da mesa dos temas.
Como explicar que cada palavra mal escrita, apagada e reescrita está se perdendo tempo para as atividades tão desejadas?
É complicado, mas também muito saboroso. A lógica de um guri de 6 anos é impressionante.
 
Compramos mais um livro do Bill Waterson (Calvin & Haroldo- O Mundo é Mágico). Deve ser o sétimo ou oitavo livro deste artista fenomenal.
Desde antes do Gabriel nsacer já comprava tais livros. Hoje identifico no Gabriel a magia das tiradas do personagem do Waterson, por isto admiro cada vez mais ele.
Esta semana lendo o livro recém comprado identifiquei-me com uma das tiras.
Quando der colocarei a tira por aqui, o texto é este:
"Nada é permanente. Tudo muda. Essa é a única certeza que temos neste mundo."
E ele complemente:
"Mas mesmo assim vou continuar implicando com isto."
 

Thursday, June 21, 2007

Então deu.

É, não deu.
Nos últimos dias convivi com a soberba, real e virtual.
Entendo o forte desejo do torcedor, querer fortemente uma vitoria, mas daí a isto ser uma certeza.
A reação de qualquer torcedor é apoiar seu time, por isto nada mais normal que a participação.
Qualquer time seria apoiado tivesse trocentos mil lugares, pois a vitória era possível, se um ganha do outro, o outro pode ganhar do um.
Normal, nada de especial. Normal tudo que se viu e que se desejou, anormal foi a certeza que alguns estampavam.
Outra coisa interessante foram as reclamações de haver secadores, que vibraram com a derrota, como reclamar se o reclamante quando pode faz o mesmo.
Então não deu, sinceramente fico triste pelos amigos que expressaram o forte desejo da vitória do seu time, fico triste pelo título não seguir na cidade, no estado e no país que vivo.
Também fico satisfeito pela derrota, para ver se algumas pessoas notem que respeito é bom.
Que seus desejos não são certezas.
Era isto, aqui no sul se diz que quando algo não tem qualidade é chamado de "meia-boca", nunca o Boca perderia do meia-boca.
Os deuses do futebol assistiram o campeonato e viram que um time que perdia tanto, nunca poderia ser campeão.
 
Dizem que a torcida do Boca passou a noite gritanto RIIIIIIQUE! RIIIIIIIIQUE!, Rique respondeu, mas ele não sabe que os "meia-bocas" entendiam INNNTER! INNNTER!!

Tuesday, June 12, 2007

Ele

Quinta passada, feriado Corpus Christi.
Eu e o piá fomso andar de bicicleta na pista do santuário da Medianeira, Santa Maria.
Chegando lá nos deparamos com o tapete feito de serragem colorida, flores e etc.
Gabriel inspecionou a obra e fomos andar de bicicleta.
Logo chega a procissão.
Gabriel pediu uma cacunda, queria ver o evento.
Entre hinos e orações, escutamos o famoso:
- Ele está no meio de nós.
Senti um puxão no queixo e ouço:
- Pai, cadê ele? Quem é ele?
E lá fui eu ensinar o guri a andar de bicicleta sem rodinhas. Tá na hora.

Friday, June 08, 2007

Apontar

Apontar lápis era uma atividade esquecida na minha pedra da memória.

Nada como um filho, em alfabetização, pra gente lembrar do passado.

Nos finais de semana apontar lápis é uma atividade que toma tempo.

Para escrever lápis bem apontado, para colori lápis semi-apontado.

E quem achar que apontar lápis não cansa é porque não tem filho(a).

Cansa mas vale a pena. Tudo pela educação dos filhos.

Tuesday, June 05, 2007

Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia

É hoje, 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia.
O que escrever? Muita coisa foi e esta sendo escrita, muita cópia, muito repeteco.
Quem sabe seja isto que faz o mundo estar como está.
Repetição, mesmo que seja virtual, de coisas.
Claro que existe a divulgação, sem esta não se saberia de muita coisa, mas o exagero de repetir e repetir consome energia, energia pessoal e energias para manter as coisas.
Mesmo num blog o tempo de estar digitando e estar conectado é energia consumida. Energia elétrica de alguma fonte, quem sabe da fonte que você mais critica. Usando energia ela deve ser produzida, lembrem disto.
Navegar pela internet consome energia, ficar horas lendo blogs consome energia, escrever posts, comentários, elogios, críticas,.... consome energia.
Minha sugestão para o dia de hoje: economize a sua energia.
 
Post de autocrítica, o chapéu me serve.

Ovo de codorna

Acho o tal ovo de codorna a coisa mais sem graça que existe, quem sabe seja a segunda ou terceira, mas é sem graça.
Pois ontem vi a "evolução" do ovo cozido: um palito de ovo de codorna.
Uma fileira de cinco ovos de codorna espetados num palito de plástico do tamanho de um canudinho. No rótulo do vidro que albergava os "espetinhos" um aviso: 10 palitos, totalizando 50 ovos, tempero de sal e vinagre de alcool. Sem corantes, nem o vermelhão do vinagre de vinho tinto.
Ainda hoje se pode "apreciar", em botecos de quinta categoria, os vidros com ovos cozidos, alguns avermelhados pelo vinagre de vinho tinto. Estes eu evito por preservação da saúde.
Espetinho de ovo de codorna, arghh. Conseguem piorar as coisas, principalmente quanto ao aspecto.

Sunday, June 03, 2007

Abacaxi

Lembram do Padilha? O cara do post aqui debaixo, pois nem acabei de escrever sobre ele e meu filho acordou, pediu abacaxi no café da manhã.
Ele merece, fui descascar o abacaxi e lembrei do Padilha. Imagino que o relacionamento comercial com o dito seria como descascar um abacaxi.

O Padilha

Reforma é o inferno.
Imagino que construir também o seja, mas reforma é o inferno.
Aparecem pessoas como o Padilha na vida da gente. De onde surgem estas figuras?
A gente sempre acha que a reforma é algo simples, trocar piso, construir uma parede ali e trocar a porta e grade de lugar.
Simples, porém complexo.
O piso será (?) simples, se não se considerar a mudança de todos móveis que não sejam dos banheiros e cozinha, mas a tarefa é executável. Contratando o assentador que a loja indicou, profissional sério, de confiança e competente, imagina-se que o trabalho será bom. O custo por metro quadrado é pouco acima do pesquisado, mas o profissionalismo da visita e idéias dadas pelo assentador facilitam a decisão. Quinze minutos de conversa com um profissional chamado de "assentador" renderam mais que as prosas com estagiárias, projetistas e arquitetas consultadas (todas mulheres).
Para a subida de paredes foi procurado o "seu" Neri, senhor pouco surdo, hoje construtor de casas por empreitada, vizinho e prestador de serviços pro sogro. Pessoa simples, outrora desenhista de projetos, mas quando as vistas cansaram, foi para a colher de pedreiro.
E as grades? A princípio se perderia as atuais, pantográficas, colocando um sistema que alia-se segurança e estética. Perderia-se as atuais em prol de novas. Custo maior, tudo bem. Quem sabe aliviado pela venda do que seria retirado, mas isto seria em outro momento.
Quem contratar? Vamos procurar a empresa que fez as grades faz 7 anos. Lá nos informam que deixaram o universo da serralheria de ferro, hoje só trabalham com alumínio e vidro, mas tem o Padilha. Ganho o número dele.
Ligamos pro Padilha, atende o filho, marco dia e hora. A esposa receberá o profissional.
Coincidentemente ligo para casa no momento da primeira visita do Padilha. Comento com minha esposa, pergunta pra ele se... ela me interrompe:
- Não espera muito do.. da...
O Padilha tava na volta, entendi a mensagem.
No resto da semana boas indicações do Padilha e um orçamento interessante, fazem que marquemos uma visita no sábado. Para rever o orçamento, confirmar medidas.
Padilha traz o filho, pelo menos acho que seja filho, pois só a genética explicaria a "parecença", o acaso não brincaria colocando duas pessoas iguais na mesma cidade.
Não tem como explicar o que se passou. A confusão de números, a dificuldade de explicar o que se queira (sim, imagino que eu explique de maneira muito émbaralhada o que desejava), as medidas estranhas que se fazia.
Por sorte lembro da báscula da cozinha, ali estava o que eles imaginavam fazer. Exatamente o que eu não queria fazer. A coisa facilitou bastante.
Padilha não, nunca, jamais.
A recisão aconteceu tranquilamente, conduzindo Padilha e filho para a saída, antes anotaram outros números, não medidos, ficaram de mandar orçamento, beleza.
Padilha & Filho saem, a esposa se pergunta o porquê revisara todas revistas de construção e reforma na busca de fotos de grade.
Eu só pensava no próximo "Padilha" que apareceria, desta vez bem preparado.
Após uns quinze minutos de conversa, mateando, tomamos a decisão: nada de grade nova, pegaremos a janela e grade atual e colocaremos na parede que surgirá. A casa vai ganhar uns míseros 6 ou 7 metros quadrados. Um canto pro Gabriel brincar, um espaço a mais para bagunçar no quarto, não sairá como imaginamos, apesar da opção de reaproveitar o atual, ter sido pauta. O Padilha ajudou o planeta: reciclaremos, pelo menos isto ameniza a impressão que deixou.
A tarde, seu Neri apareceu, caderninho na mão, entendeu o que se queria, explicou como faria e se preocupou com a logística, direta e reversa.
Por onde chegarão os materiais, onde guardar, ponto de água e descarte de rejeitos.
Gostei do seu Neri, mas que o Padilha é uma peça, ah isto é. Não duvido que peça outro orçamento, mas daí seria sacanagem com um pai de família ao dispor do tempo dele.
Este Padilha.

Friday, June 01, 2007

O Caixão

Uns quatro anos atrás recebi o convite para trabalhar na recuperação da área de um antigo lixão.
A prefeitura havia coberto com argila os resíduos acumulados ao longo dos anos.
Tentava recuperar a área, os resíduos enterrados e criar espaço para uma central de triagem de resíduos sólidos.
Beleza. Projeto interessante. Já trabalhava na área anexa, onde funcionava a então unidade de triagem de "lixo". Conhecia de vista, de longe, a área a ser recuperada.
Um dia fui ver detalhadamente a área. A área era circundad por um arroio que abastecia lavouras de arroz. Arroz turbinado pelo chorume que seguramente contaminava o arroio e águas subterrâneas.
A idéia era ir escavando e selecionando os recicláveis, já que a matéria orgânica de outrora já se oxidara, virando o chorume.
Enquanto caminhávamos pelo aterro, vendo surgir aqui e ali os materiais que formavam a pilha, vendo as saídas das exalações de gases emitidos, vendo a flora que surgira naquele ambiente, encontrei o caixão.
Um caixão novo, escorado numa árvore, aberto.
Não entendo muito de caixão, mas o mesmo era de qualidade, com todos metais intactos, madeira polida. A tampa deitada ao lado do caixão. Possivelmente foi o dia em que mais analisei um caixão.
Comigo andava um geólogo, que quando chegou se assustou com o achado:
- Bah! Um caixão?!
- É. -respondi.
- Que susto... bah ... um caixão.
- O caixão não me assusta, o que me preocupa é onde anda o ocupante.
E saímos vendo se algum cadáver se trasnformava em necrochorume. Uma coisa a mais para se preocupar.
Até hoje não sei se o caixão um dia foi ocupado, seja por vivo ou morto.

Reator tipo Pachuca

Lá por 1987 fui trabalhar numa mina de ouro em São Sepé. Tive que descobrir bibliografia sobre o vil metal, descobrir as tecnologias, estudar a química dourada,...
Um dia descobri o reator tipo Pachuca, desenvolvido para recuperação de prata e ouro.
Consistia num reator tubular, de fundo cônico, com outro cilíndrico concêntrico no interior, onde a movimentação consistia por uma injeção de ar na base do reator.
Idéia simples, evitava agitação mecânica e seu desgaste.
Desde então utilizo a idéia em muitos projetos, porque colocar outro motor se posso aerar e agitar com um compressor?
Agora vejo Pachuca na imprensa. Só espero que o reator funcione aqui no sul com outros reagentes.